domingo, 31 de janeiro de 2010

Migrantes cristãos são obrigados a se converter ao islamismo na Arábia Saudita


O alto número de desempregados nas Filipinas obriga mais de 10 milhões de cidadãos a buscar emprego em outros países. Todos os dias, cerca de três mil deixam o país. Recentemente, muitos foram para as nações árabes - 600 mil no geral, sendo 200 mil para a Arábia Saudita.

“Após alguns meses, os empregadores nos dão um ultimato, dizendo que teremos que nos tornar muçulmanos se quisermos manter nosso emprego”, conta Joselyn Cabrera, enfermeira filipina, que trabalha no hospital Riyadh. “Para nós, é difícil fazer essa escolha, mas se não a fizermos, seremos vítimas de agressões”, lamenta.

A enfermeira afirma ter presenciado cerca de 50 conversões forçadas em seu trabalho.

“Eu mesma já fui submetida a pressões de meus colegas muçulmanos, mas sempre me recusei a ceder, afirmando que prefiro continuar sendo cristã. Até agora, nada aconteceu comigo. Ainda.”

De acordo com a administração responsável pelos empregos de filipinos no exterior, a emigração para o Oriente Médio cresceu 29,5% entre 2007 e 2008, apesar da possibilidade de conversões forçadas e abuso sexual.

O caso mais recente envolve uma mulher que foi estuprada no trabalho. Por causa do incidente, as autoridades da Arábia Saudita prenderam a cristã, acusada de relações extraconjugais.

No mês que vem, ela terá que se apresentar ao tribunal, que pode condená-la a 100 chibatadas.

EL

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