sexta-feira, 5 de março de 2010

Chile tem dois novos fortes terremotos


Tremores de 6 e 6,6 graus sacodem país dias após o mais poderoso, de 8,8 graus

Do R7, com agências internacionais

Dois fortes terremotos atingiram o Chile nesta sexta-feira (5), dias após o forte tremor de 8,8 graus registrado no último sábado. Os novos terremotos abalaram a já devastada cidade de Concepción, no sul do Chile, provocando cenas de pânico e novos desabamentos. Os tremores tiveram magnitudes de 6 e 6,6 graus.

Às 6h19, Concepción foi sacudida pelo primeiro tremor, de 6 graus (inicialmente divulgado como sendo de 6,3 graus, depois revisado), segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) . Ele foi registrado no oceano Pacífico, a 41 km de Concepción, também a 35 km de profundidade.

Às 8h47 (horário local e de Brasília), Concepción foi sacudida pelo segundo tremor, de 6,6 na escala Richter. O epicentro foi localizado no Oceano Pacífico, 35 km ao noroeste de Concepción e a 35 km de profundidade.

O prefeito de Concepción fez um chamado à população para que mantenha a calma e não saia de suas casas, já que existem danos estruturais no centro da cidade, informou o jornal chileno La Tercera.


Até o momento, o Chile identificou 279 mortos após o forte terremoto de 8,8 graus do último sábado. O número divulgado pelo governo chegou a 802 mortos, mas foi revisado depois de informações de que alguns locais deram como mortas algumas pessoas que estavam desaparecidas.

Nesta sexta-feira, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, visita o país. Ele deve se encontrar com a presidente Michelle Bachelet, que sofre uma onda de críticas por causa da atuação do governo no episódio.

A Marinha chilena reconheceu na quarta-feira que titubeou e não informou com clareza a presidente Michelle Bachelet sobre o perigo de tsunamis depois do terremoto de magnitude 8,8, um dos mais violentos da história. Quando finalmente soaram os alarmes de tsunami, este foram desativados sem explicação, antes de gigantescas ondas arrasarem com várias localidades costeiras.

No sábado, Bachelet demorou horas para sobrevoar a região do desastre para avaliar os danos, porque aparentemente não conseguiam localizar o piloto de um helicóptero que tinha o telefone celular desligado.

O governo chileno foi fortemente criticado também pela lentidão na divisão da ajuda humanitária. Seis dias depois do desastre, os habitantes de alguns povoados devastados não receberam alimentos.



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